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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Húmus: o que é e quais são suas funções para o solo


húmus

Húmushumo, ou erroneamente escrito, "humus", é um termo que remonta ao tempo dos antigos romanos, quando era usado para designar o solo como um todo. Hoje, o termo "húmus" designa toda a matéria orgânica estabilizada (que não sofre mudanças químicas ou físicas significativas) presente nos mais diversos tipos de solos (argilosos, arenosos, entre outros). Ollech, cientista estudioso do tema, definiu o húmus, em 1890, como "todas as substâncias que são formadas na decomposicao  e fermentação da matéria orgânica de origem vegetal e animal, ou por meio da ação de certos agentes químicos sobre essa matéria orgânica, na forma de compostos orgânicos amorfos (que não tem forma determinada), não voláteis, não gordurosos, mais ou menos escuros".

Apesar do húmus ser estável, ele não é estático, e sim dinâmico, uma vez que é formado constantemente a partir de resíduos vegetais e animais que são continuamente decompostos por micro-organismos.


Importância do húmus

húmus

A importância do húmus para a o solo é múltipla. Ele fornece nutrientes para as plantas, regula as populações de micro-organismos e torna os solos férteis. O húmus também é fonte de carbono, nitrogênio, fósforo, cálcio, ferro, manganês, entre outras substâncias essenciais para o crescimento saudável dos vegetais.

Ele é capaz de impedir a penetração de substâncias tóxicas do solo nas plantas; retém umidade e mantém a temperatura do solo equilibrada. A função do húmus para a vida aquática vegetal e animal ainda é pouco estudada, entretanto, sua importância é amplamente reconhecida.

húmus define a cor, textura, estrutura, retenção de umidade e a aeração do solo. Quimicamente, ele influencia a solubilidade de minerais do solo, formando compostos com certos elementos como o ferro, o que os torna mais facilmente disponíveis para o crescimento das plantas e aumenta as propriedades tampão do solo. Biologicamente, o húmus serve como fonte de energia para o desenvolvimento de micro-organismos e melhora o ambiente para ao crescimento de plantas superiores. Entretanto, as funções do húmus para as plantas ainda não foram completamente estudadas pela ciência e, apesar de haver a possibilidade de alguns efeitos prejudiciais do húmus para as plantas, o consenso científico é de que os benefícios superam os malefícios.

Micro-organismos

Sem os micro-organismos não haveria húmus, e sem húmus a vida no planeta Terra como a conhecemos seria impossível.

São os micro-organismos os principais responsáveis pela formação do húmus a partir de resíduos vegetais e animais. Eles produzem húmus continuamente por meio da decomposição e mineralização (transformação da matéria orgânica em minerais). O papel dos micro-organismos no ciclo da matéria orgânica no solo, bem como na natureza, em geral, é indispensável. Sem a transformação dos restos animais e vegetais em húmus, todos os elementos essenciais ficariam armazenados nesses organismos mortos e não poderiam ser reutilizados.

Tipos de húmus

As formas mais conhecidas de húmus são aquelas encontradas em jardins. Entretanto, existem diferentes tipos de húmus, até mesmo variedades que não são utilizadas para plantio, mas para fins industriais.

húmus presente no carvão e na turfa é usado como fonte de combustível e tem sido um dos principais agentes no desenvolvimento da civilização industrial moderna. O húmus presente no petróleo, por exemplo, tem uma importante função econômica. Mas, de maneira geral, o húmus é separado em quatro categorias:

Húmus marrom:

Encontrado na vegetação viva, na matéria orgânica recentemente caída (serrapilheira), na turfa, em ervas marinhas em decomposição nas margens dos corpos d'água e onde crescem os fungos.

Húmus preto:

Geralmente encontrado em um estado ativo de decomposição nas camadas mais profundas do solo, na decomposição de folhas e madeiras de florestas, em estrumes de animais, em turfa de pântanos e em lamas.

Húmus de transferência:

É o encontrado nas água dos rios, lagos, nascentes e água da chuva.

Húmus fóssil:

É o húmus encontrado sob a forma de lignite carvão marrom e outros depósitos de carbono, bem como em muitos minerais, como minérios hidratados de ferro e manganês

Húmus de minhoca

"Húmus de minhoca" é a expressão utilizada para designar o húmus resultante da matéria orgânica decomposta por meio do processo digestório das minhocas, formando uma compostagem natural. As minhocas facilitam o trabalho dos micro-organismos fragmentando a matéria orgânica em pedaços menores; e por isso elas têm sido utilizadas como uma forma de potencialização da formação do húmus, prática conhecida como vermicompostagem. Húmus caseiro, a reciclagem do lixo

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Por meio da compostagem, é possível transformar todos os resíduos orgânicos produzidos em casa em um húmus muito rico. A vantagem dessa pratica é que, além de adquirir adubo para as plantas, você reduz a quantidade de lixo que seria destinado para aterros e lixões e ainda evita a emissão de gases do efeito estufa 

Húmus, o descontaminador do solo

A contaminação dos solos por metais pesados, como cromo, chumbo e cobre, entre outros  é motivo de grande preocupação para a saúde humana e do meio ambiente. Muitas alternativas já foram testadas para evitar os danos destes metais ao solo e aos lençóis freáticos, mas o húmus revelou-se uma das mais eficientes, já que pode ser feito em casa, com materiais orgânicos e, com a ajuda das minhocas, se tornar um fertilizante para o solo.


segunda-feira, 22 de junho de 2020

Pandemia de Lixo

De fato, o isolamento social consiste em um denso processo de adaptação. Além das caminhadas do quarto ao sofá e do sofá à cozinha, existe muito tempo para se pensar e olhar para dentro de nós mesmos. Tarefa difícil, porém proveitosa, podendo provocar dentre as paredes de casa mudanças diárias que, talvez, nos acompanharão no mundo pós-pandêmico.

sustentabilidade

Você, com certeza, já escutou o tal papo sobre sustentabilidade. O ano de 2019, foi recheado de discussões pertinentes em prol da importância da preservação ambiental. Mas as ideias de sustentabilidade, obviamente, não nasceram em 2019 e nem foram deixadas por lá. Elas continuam, afinal, aquela ideia distante da sofrência humana devido ao uso irracional dos recursos naturais deixou de ser apenas o enredo de uma ficção qualquer.

Certamente construir uma sociedade sustentável não é tarefa fácil, e a transição abrupta para tal dificilmente acontecerá de um dia para o outro. No entanto, ao olharmos pela janela, ansiosos para o dia de sair para as ruas novamente, não fará mal à cabeça em repensar nossos atos dentro de casa. “Passos de formiga” são necessários em todos os processos da vida, e na sustentabilidade não é diferente.

Uma das principais mudanças cujo o cenário da quarentena proporcionou foi a migração do lixo das ruas para dentro de casa. A geração de resíduos domiciliares cresceu mais de 10% desde que o isolamento social passou a ter mais adesão e, de acordo com a ABRELPE (Associação Brasileira de empresas de limpeza pública e resíduos especiais), o crescimento tende a chegar entre 15 a 20% a mais.Naturalmente, o lixo invisível produzido nos ambientes de trabalho, nas faculdades e no caminho do dia a dia está tomando forma dentro de casa. O aumento de deliverys, segundo empresas especializadas, não atingiu somente o setor dos restaurantes e passou a funcionar para diversos fins, como farmácias, livros, entre outros itens encomendados. Simultaneamente, as casas passaram a ser entupidas de embalagens de papelão e  plásticas de monte, até mesmo pelo fato de se procurar por uma proteção maior ao produto.

Ainda que, a situação por inteiro pareça um tanto quanto sufocante, a presença dessa quantia elevada de lixo dentro de nossas casas pode nos ajudar a repensar nossos hábitos consumistas. Qual o tamanho do meu lixo? Ele é realmente necessário?

No início da pandemia, houve comportamentos cômicos, embora trágicos, como o da “corrida do papel higiênico” pelos mercados, que são capazes de nos mostrar como a  falta do consumo consciente pode impactar no convívio em sociedade. Obviamente, parte disso ocorreu pela falta de previsões e medidas de controle no início da quarentena, porém, não há como negar a influência do consumismo desenfreado presente nesta situação.


Vale lembrar também que, desde o agravamento da situação do vírus no Brasil, aconteceu a suspensão das atividades promovidas pelos catadores de lixo nas ruas. A coleta seletiva em São Paulo, em função de preservar a saúde dos catadores, aderiu à suspensão temporária de suas atividades durante o isolamento social. Sendo tal atividade um dos pilares da sustentabilidade na medida que, por meio da separação dos resíduos recicláveis, diminuímos impactos nocivos ao meio ambiente, sua paralisação promove uma atenção individual do lixo produzido tornando-se igualmente importante.

Pensando que, devido à suspensão das atividades da coleta muito do lixo produzido durante o isolamento poderá ser destinado aos lixões a céu aberto, ainda não totalmente extintos, embora existam leis referentes à desativação total deles, os resíduos recicláveis podem ser guardados durante um tempo dentro de casa até uma previsão de volta da coleta seletiva. Plásticos, papéis e papelões devidamente higienizados e dobrados, podem repousar um tempinho dentro de nossas casas para que não contribuam ao funcionamento indevido dos lixões, pois estes são responsáveis pela geração de 6 milhões de toneladas de gases do efeito estufa anualmente.


reciclar

De fato, são tempos turbulentos que requerem de todos uma grande adaptação, mas podemos utilizá-lo a fim de redescobrir nossas funções ecossistêmicas também. De dentro de nosso aconchego, podemos procurar por produtos com menos embalagens e, para aqueles sem a confirmação de contágio com o novo vírus, a recomendação é que continue fazendo a separação dos materiais para a coleta seletiva dentro de casa. Lembrando que máscaras e luvas já usadas devem ser descartadas no lixo comum.

Com um olhar mais cuidadoso para o ambiente interior e exterior, soluções como um planejamento alimentar e de compras a serem priorizadas são maneiras eficientes de se adequar a um consumo mais consciente

Talvez, nos reeducando pouco a pouco dentro de casa, estaremos mais conscientes para quando a vez de pisar na grama novamente chegar. Como dito por Gretha Thunberg, ativista ambiental em uma entrevista para a revista New Scientist, “”a crise ambiental não vai embora” e, com certeza, não é agora que ela deve ser esquecida.


Usar bitucas de cigarro para fabricar tijolos é opção econômica e ecológica

Reciclar bitucas de cigarro  pode ser uma boa opção para economizar energia e ainda resolver um problema global de lixo. Pesquisadores e ind...